domingo, novembro 28, 2010
domingo, setembro 19, 2010
terça-feira, setembro 07, 2010
você é criança e torce pra ter altura suficiente pra poder andar na montanha-russa do parque.você espera mais de três horas na fila. isso tudo é só pra passar os próximos três minutos: se descabelando, apertando o ferro de segurança com medo de cair..até segurando pra não vomitar.
nesse momento você tem vinte e alguma coisa e tá torcendo pra sair da montanha-russa. e usar tpm como justificativa dos seus choros repentinos, não rola. chocolate não adianta ou qualquer desculpa esfarrapada.
não acho que ter uma vida estrada reta, de asfalto perfeito seria bom. afinal, quem não curte um drama, a sensação de 'está tudo bem agora' é incrível. se eu não gostasse de drama, não seria fã de novela mexicana.
o grande problema é que, minha montanha russa não é divertida, colorida e nem bate vento no final dela e nem tem céu azul de fundo. não tenho mais doze anos e o único frio que eu sinto é o 'geladinho' da cama, por mais pequena que seja, faltando gente. não é um frio bom.
nunca curti muito parque de diversões. sou avessa à certos brinquedos. nunca curti esperar nas filas.posso trocar o ticket da motanha russa por um dia no bar?
sexta-feira, setembro 03, 2010
iaiá
querida,
vai passar. tu sabes que vai passar. peço permissão ao caio por usar essas palavras logo de cara. soa desesperado, eu sei. mas não teria outra maneira de começar a não ser assim. não seria eu. não seria, nós.
trinta e um dias e mais uns trocados de setembro. astrologia, astronomia, cavaleiros do zodíaco, revistas bidú, susan miller. creio que inferno astral existe pura e simplesmente pra assustar. é um grande bicho-papão. ou seja, existe, se você tiver cinco anos e acreditar nele. eu acredito. mas acredito em outras coisas. muito mais fortes.
tenho três rascunhos com cartas, super rebuscadas que tentei escrever e lhe entregar de maneira sutil e adorável. mas não consegui. vai assim mesmo, sem rascunho, sem corretor, sem borracha.
preciso reforçar uma coisa que eu já disse: vai passar. eu torço pra passar rápido, como o tempo de sono que eu tenho, como dura os momentos bons (sim, você sabe que duram pouco. mas é porque são muitos.), como dura os dias frios.
nada soa tão poético como o pensamento positivo. e se eu ainda lembro de algo da escola. negativo com negativo dá positivo. e eu confio nessa filosofia barata. nessa filosofia de boteco sujo que temos nojo. filosofa barata que une. porque todo aquele léxico rebuscado tá sono e para.
quero te pedir esperança pr’um mês bom. e pra contar os dedos pra matar a saudade. e pra me perder no meio de tanto ferro, cinza, cimento, sinal, [falta] silêncio, cabelo, pescoço, óculos, café.
poder pra transformar este desgosto num mês de nada, eu não tenho. perdão. mas só te peço esperança. que seja doce.
senhor das moscas
a loucura me faz
por vezes, dois.
a minha sombra,
me persegue.
o que me acalma,
é não me ver.
meu abrigo é meu amigo
e a solidão me faz fugir.
quinta-feira, setembro 02, 2010
quarta-feira, agosto 04, 2010
terça-feira, junho 29, 2010
quinta-feira, junho 24, 2010
segunda-feira, junho 14, 2010
um instante
terça-feira, junho 08, 2010
quarta-feira, maio 19, 2010
terça-feira, maio 04, 2010
sexta-feira, abril 30, 2010
quarta-feira, abril 28, 2010
domingo, abril 25, 2010
como se os mesmos o libertassem na hora da escrita.
quintana teria dó de mim
por usar seus passarinhos numa poesia tão barata.
a cabeça dói, o corpo cai
e a cada dor cortava o pulso
mesmo que mentalmente,
mas cortava.
cada dor funcionava como uma lâmina
que passava por várias vezes naquele braço.
dor tem forma de lâmina e choro, de sangue
desilusão, remédio.
ficava tonta
ficava morta
ficava besta
ficava...devagando
conjugando verbos no gerúndio,
pra ver se fugia do tédio
conjugava verbos de ligação,
só pra não se sentir sozinha.
sexta-feira, abril 09, 2010
nope
vai ser dor de amor ou de saudade
deixa eu decidir não tocar na ferida.
não prepara a minha vida
não me dê uma saída,
deixa eu ter vontade.
não preciso e não quero seus conselhos
daquilo que você julga ser puto e não cristão.
me deixa dar a cara a tapa
socar ponta de faca
andar sem direção.
talvez eu tenha um ponto
talvez eu encontre, talvez não.
mas não me dê palpites.
cada um tem sua verdade
cada um subjetiva o que bem entender
se seu amor não certo,não quiseram
por que o meu não podem querer?
quinta-feira, abril 08, 2010
meia-calça rasgada, bem na coxa.
tá mais do que na cara que falta um pedaço.
faltando você.
falta o café da nossa rotina,
um sofá meio velho,
meio vermelho no centro da sala, e a gente no chão.
comentando sobre cinema, sobre leminski.
você me falando do caio e de como foi seu dia.
rotina, eu quero ela.
dar um beijo antes de falar qualquer coisa.
um beijo.
beijo já é um 'bom dia' carinhoso,
já vem inserido um eu te amo.
acho que sim.
beijo com gosto de café amargo,
com gosto de manteiga,
pedacinho de pão.
no canto da boca..espalhado pela roupa.
terça-feira, abril 06, 2010
dói mais no frio.
muita coisa dói mais no frio.
dói a saudade, que corta com o vento que bagunça os cabelos
dói o pescoço, que encosta no travesseiro que é duro.
não tem colo. colo seu.
dói os músculos do rosto. não tem você pra pertubar o canto dos lábios.
abraço fica vazio e eu fico na cama, tentando me cobrir do jeito certo pra ficar quentinha do jeito que só você consegue.
mas o buraquinho do meu pulso dói.
tá frio demais.
eu tenho escrito cartas pra você. olha, isso era segredo.
dez horas
e um tanto de nós por aí espalhados,
procuro um lugar só meu.
procuro um lugar só nosso.
me acho, te encontro em mim.
sigo.
perdido na minha ilha de ferro
ferro contorcido, contorcido de saudade.
ferro que demora, mas me leva.
me leva mais uma vez até o alto.
pela nossa independência, pelos nossos cinco segundos.
pelo tempo que nos resta, só pela vida inteira.
no meio do verde, ferro, nervoso e ansiedade,
te tasco um beijo, te puxo pra um abraço.
e você tá lá. me mostra suas dores, me fala dos temores
me pede pra ficar.
se eu pudesse parar
parar o tempo, parar lá no início.
parar. e congelar, ter um vira-tempo que preste
e virar, e voltar, e remar.
remar pra ilha, mais uma vez.
pra ilha, pra montanha, pro meio dos carros e até o metrô
te puxo num canto, me canta um canto e pede proteção
eu vou pra longe, mas ainda é perto, logo a gente se vê
logo quando ? agora ou daqui a cinco segundos ?
- muito tempo, né. mas me espera.
fico rouca de tanto te chamar, pra dentro.
mas você escuta, me pede um tempo.
pede um colo, um alento pra acabar com o sofrimento.
entendo, atendo.
e pretendo num só dia, num só segundo trazer toda a felicidade apagada de um meses atrás.
bem, eu vou, ben. mas logo eu volto, daí a gente registra, tira foto.
termino os desenhos, como mais palmito. te dou mais um pouco de colo.
pego o trem, o ônibus, o ônibus, a ponte. e logo chego, mas não chora, eu logo volto.
segunda-feira, abril 05, 2010
segunda-feira, março 22, 2010
quinta-feira, março 11, 2010
agora
quinta-feira, março 04, 2010
terça-feira, janeiro 26, 2010
terça-feira, janeiro 19, 2010
sexta-feira, janeiro 01, 2010
vem de leve 2010..
pois bem, não sei exatamente o que escrever aqui, visto que não fiz nenhum plano pra 2010, e sinceramente, não vou fazer. ele começou bem legal, pulei no papai pra dar feliz ano novo. mamãe ligou e choramos ao telefone, [ insira aqui coisas que não posso falar ], andei no meio da rua como alguém sem culpa, preocupações nas costas. foi bom. depois fui encontrar uma das minhas bases. cheguei em casa cruzando as pernas e confundindo as letras. e fiquei sentindo arrepios até às cinco. por enquanto, o ano ainda tem tudo pra ser lindo, diferente, como susan miller falou, rs. pra falar a verdade, eu já sabia de bastante coisa e tal. sorry, tenho um sexto sentido até que bacana.
dia primeiro de janeiro, me peguei sentada no chão da cozinha, casa toda fechada, só faltou o vinho pra cena ficar mais cinema-frânces-metido-à-cult-mas-que-de-cult-não-tem-nada. Peguei pesado agora. mas eu gostei da cena e tal. fiquei pensando por alguns minutos na minha vida, nas minhas pessoas, no que eu sinto e isso é cichê. mas eu gosto de um às vezes.
[...]
encararei 2010, como eu encarei os primeiros minutos dele. repito a brincadeira que eu fiz com a garrafa de vinho quebrada, durante a madrugada : esse deve ser um ano pra eu passar sóbrea. sem ilusões bobas de adolescente insegura. não vai ser provocações que vão me desestabalizar, não vão ser achismos que vão tirar alguma coisa de mim, não vai ser 'enganos', que vão me fazer sentir ódio e ter vontade de fazer besteira. enfim, como diria o caio fernando : que seja doce. óbvio que vai ter uns amargos, mas que em sua maioria, seja doce. e vai ser.
"Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal." não sou católica ou coisa do tipo. escutei isso hoje.