segunda-feira, dezembro 26, 2011

me escondo atrás do vidro da janela
esperando que me encontre
prometendo um salvamento
qualquer.

me escondo no transparente
porque se fosse pro escuro,
ninguém me encontraria.

espero com isso
que você me veja
e me faça almejar
uma saída.

terça-feira, novembro 22, 2011

alucinei achando que era verdade
tudo aquilo que eu vivera no meu sonho.
transformei cada pedaço da realidade fantasiada
na minha dimensão.
era embaçado mas eu nunca achara estranho.
tenho pra mim, que estava sem óculos e isso tornou tudo normal.
acordei
caindo da cama,
bati a cabeça,
molhei o colchão.

segunda-feira, novembro 14, 2011

eu machuquei meu pé com um grampo que não sei de onde surgiu. eu sempre quis saber como era a dor de um grampo na pele. agora eu não quero saber de mais nada. porque dói, né.

-ta doendo
- passa água oxigenada
- e aqui tem? aqui tem vitamina c, tem coisa pra enfaixar. mas nunca tem o que eu preciso.
- mas água oxigenada é importante, poxa
- o amor é importante e nem por isso tenho aqui.

segunda-feira, outubro 03, 2011

descobri que não dava mais quando qualquer tentativa de fazer algo bom, virava uma dor bem na boca do estômago. podia ser nervoso só de saber com eu estava conversando. estava longe de ser. não era há muito tempo.
daí um dia, eu percebi que não fazia parte de capítulo algum daquela história. percebi que era personagem b, sem graça nenhuma. daqueles que passam batido.
pode ser coisa minha, mas sei lá, achei que fosse merecer pelo menos algum capítulo. já que você fala comigo todos os dias e me liga de madrugada pedindo companhia.

quarta-feira, agosto 31, 2011

eu não sei esperar
até porque,
o tempo na espera
passa devagar
delonga
alonga
todo o resto
que eu não quero saber.

terça-feira, julho 26, 2011

hoje eu lembrei que você mente. mente porque gosta de ter alguém por perto, mente porque é divertido mentir e em algum lugar na sua cabeça, isso deve ser divertido.
acordei com olhos vermelhos ressaca, aquela ressaca moral que só os bons sabem. acho que foi porque sonhei com você. estávamos saindo de algum lugar discretamente e de repente, alguém nos viu. daí, eu peguei esse sonho pra mim, pro meu dia e ele foi desgraçado. dor de cabeça, dor no corpoe um mau humor que coloca qualquer velho ranzinza no chinelo.
foi chato quando lembrei que as pessoas não mudam. elas só escondem as coisas de vez em quando.
ah sim, pra completar, eu tive febre e minha garganta deu o ultimo suspiro as 10:15h da manhã. chegar em casa durou dois anos.
não sei porquê mas acho que em latim ou em alguma língua pouco conhecida, segunda-feira quer dizer inferno astral fora de época. porque tinha tudo pra dar errado, e deu.

segunda-feira, junho 27, 2011

os pulsos cerrados escondendo o rosto borrado de lágrimas e maquiagem. os olhos quase fechados, a pele gelada-inverno, o corpo sedado. estava ali mas não estava. estava aí. e você longe.

segunda-feira, março 21, 2011

quando foi que nos tornamos esse casal de meia idade em plena crise conjugal?
o mais legal de se gostar de alguém é que você gosta de graça, sem esperar absolutamente NADA. por isso que da tão certo no inicio. é tudo tão mais fácil, tudo tão simples. sem cobrança sobre atenção, mesmo porque, se desgrudar no inicio é impossível.
me sinto em plena crise e qualquer momento posso pedir a separação mas passei tanto tempo junto que fico na duvida se ainda gosto por causa do que éramos, se ainda pode ter conserto ou se só me acostumei a ter do meu lado.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

sardas.
um beijo em cada pinta como forma de pagamento de aposta.

arrisca.
arrisca bater na sua porta em plena madrugada e nem é só pra falar 'eu sinto muito'
é pra falar que eu não to com sono, que eu queria uma conversa que me cansasse de tanto rir.

pinta.
pintou um quadro pegando o sorriso de um portarretrato antigo.

aceno.
toquinho no ombro e um pedido de 'me tira os pés do chão e me leva pra bem longe.'

segunda-feira, janeiro 10, 2011

de repente bate aquela vontade de amar. é, bem assim, bem breguinha. deve ser porque a música dá essa vontade. vontade de amar mesmo que a mesma pessoa e me deixa cometer os mesmos erros, sei la.
tatua. tatua aqui no peito seu coração, mas não tira com alcool. deixa ele lá até desbotar, virar marca de nascença. só deixa.
dá até dor de cabeça em pensar no que pode dar certo mas a música tá me dando essa vontade. então, só por hoje, por esses minutos tão fresquinhos, deixa eu falar um 'eu te amo' ou 'seu cheiro me faz bem' ou deixa eu te dar aquela mordida. li em algum lugar que morder é sinal de gostar. então eu gosto. mesmo. e entao por doze músicas, eu fico besta. e termina assim, sem final. coisa que dá e passa. mas não passa, de verdade, sabe. só escondo. tchau.